quinta-feira, março 01, 2007

Mulher

entrego-me a ti
e nessa entrega
submeto-me
...mulher



não pagas so preço da minha submissão?



então
faço-me criança
no improviso
de uma canção


criança nao te agrado?



bem
torno-me anciã
no lamento
de uma recordação



não te interesso assim?



e se fico selvagem?
assim te faço medo?

quem sabe...inseto?
também não


pedra?
não?



sinto
ja fiz a entrega
...tens-me agora
mais mulher


poema de gravura por
Sandra Falcone