segunda-feira, julho 16, 2007

livre arbítrio (V)


do seu pedestal
de homem impoluto
ditou regras
que leu no manual
da prepotência
e da intolerância

nunca abriu mão
de um não

nasceu de mal com a vida
recusou seu abraço

resta-lhe agora
um par de mãos
esquecidas
um rosto cansado
um olhar restrito
ao reflexo
de um espelho
frio
ouvindo
suas palavras
vazias

paciência tem limite
e a vida
...também
poema e trabalho gráfico:Sandra Falcone