quarta-feira, maio 27, 2009

sem perguntas e nem respostas

sem me tornar vitima
da minha própria inquisição
de repente acreditei de novo
e não atendi todas as ordens opressoras

entreguei-me
não mais submissa
nem fragmentada
às convenções hipócritas da razão

coragem?
não !
não há espanto
nem medo
das sensações impalpáveis
inesperadas

e se houver depois do tudo
o nada
restrito num momento breve
o que importa o quanto do tempo?
se a essência se revela?

quero viver este amor
sem prestar contas


imagem e poema: Sandra Falcone