domingo, maio 30, 2010

Não sabes





















Quanto me custa
não te dizer:
descubra-me
aquieta no silêncio dos teus dedos
meus cansaços
nos teus braços o meu corpo solitário
no teu beijo todas as mulheres que amaste
não sabes quanto me custa
nâo te dizer:
sinta-me assim como a tua mulher primeira
que embriaga as madrugadas
e se desmancha
nas marés e luas cheias
em sonhos de prazer
nâo sabes quanto me custa
nâo te dizer
ficar às portas do quase
inquieta
sem lugar algum
mulher/fêmea
imagem e poema: Sandra Falcone