sem me tornar vitima
da minha própria inquisição
de repente acreditei de novo
e não atendi todas as ordens opressoras
entreguei-me
não mais submissa
nem fragmentada
às convenções hipócritas da razão
coragem?
não !
não há espanto
nem medo
das sensações impalpáveis
inesperadas
e se houver depois do tudo
o nada
restrito num momento breve
o que importa o quanto do tempo?
se a essência se revela?
quero viver este amor
sem prestar contas
imagem e poema: Sandra Falcone