da mesa sempre posta
do bolo-de-fubá
do rocambole
cobertos pela toalhinha de tricô
feitos no velho fogão
daquela humilde casa
do cheiro do café sempre fresco
das xícaras com desenhos delicados
de bruços
lado a lado
do avental sempre limpinho
dos cabelos brancos
presos num coque
caprichado
dos olhos-criança
que negam o brocado do rosto
tão marcado
do sorriso tolerante no
convite carinhoso:
meninos hora do lanche
lavem as mãos
saudade doce que dói
nesta lágrima que me escapa
e repousa
num tempo que não volta mais
dedicado ao meu amigo Armando Fernandes
e a senhora sua mãe
Sandra Falcone
Maio/2007